É muito comum as pessoas questionarem da influência no uso de frutas ácidas
sobre a acidez do estômago.
A produção do suco gástrico diário aqui produzido gira em torno de 3 L / 24
horas, a maioria dele sendo reabsorvido ao nível do intestino juntamente com
os nutrientes necessários a nossa saúde.
A digestão dos alimentos que se inicia no estômago é possível graças a ação
de enzimas (principalmente a Pepsina) que só é possível atuar em ambientes
extremamente ácido.
Assim é que naturalmente a secreção do estômago seja rica em ácido lático e
principalmente ácido clorídrico tornando o PH ácido – entre 1,5 e 2,5,
necessário a uma boa digestão.
Do exposto, conclui-se que a acidez das frutas, ricas sobre tudo em ácido
ascórbico e ácido cítrico, pouco influenciam sobre a intensidade natural do
conteúdo estomacal.
Essa acidez acrescida pouco interfere sobre aquela natural.
Elas não serão capazes de isoladamente provocar gastrite ou esofagite,
podendo todavia, “iniciar ou acentuar” a manifestação de sintomas dessas
referidas doenças pré-existentes. Os pacientes assim portadores ou pessoas
mais “sensíveis” às frutas ácidas, deverão evitar a sua ingestão in natura”,
preferindo o suco diluído em água (refresco) ,em ocasiões sem o estômago
vazio, nem ao contrário cheio demais ( desencadeando o refluxo gastro-
esofágico).
Finalmente, não há registro científico comprovado quanto ao benefício da
ingesta do suco de limão em jejum, puro ou diluído.
Segue abaixo em ordem decrescente o nível de acidez das frutas mais comuns
consumidas em nosso meio. Quanto menor esse índice, mais ácida ela é
Frequentemente as pessoas acreditam que as ervas e chás, por serem naturais, não possuem efeitos colaterais. Isso necessariamente não é verdade. Algumas ervas podem ocasionar dano ao fígado logo no início de seu uso, outras prejudicarão seu funcionamento com o uso cumulativo, ao longo do tempo. Abaixo relacionamos algumas das ervas com malefícios relacionados ao funcionamento do fígado, com as respectivas doenças a elas associadas.
Lembre-se:
chás e ervas podem prejudicar seu fígado e interagir com outros medicamentos potencializando efeitos adversos.
-Insuficiência hepática aguda
Carvalhinha (Teucrium chamaedrys)
Chaparral (Larrea tridentata)
Efedra (Ma Huang)
Erva de São Cristóvão (Cimicifuga racemosa)
Kava kava (Piper methysticum)
Poejo (Hedeoma pulegoides ou Mentha pulegium)
Cocaína
Cardo-do-visco (Atractylis gummifera)
-Hepatite aguda
Carvalhinha (Teucrium chamaedrys)
Cassia amarela = Cassia do Sião (Cassia siamea)
Huperzine (Lycopodium serratum)
Kava kava (Piper methysticum)
-Hepatite colestática
Cascara sagrada (Rhamnus purshiana)
Cassia amarela = Cassia do Sião (Cassia siamea)
Chaparral (Larrea tridentata)
Huperzine (Lycopodium serratum)
Escutelária (Scutellaria baicalensi)
Erva Andorinha = celidônia = erva das verrugas (Chelidonium majus)
Kava kava (Piper methysticum)
– Doença veno-oclusiva
Crotalária = Guizo de cascavel (Crotalaria spectabilis e Crotalaria juncea)
Confrei (Symphytum peregrinum, Symphytum officinale)
Heliotropio = crista de galo = fedegoso do mato (Heliotropium sp)
Maria-mole = Tasneirinha = Flor das almas (Senecio sp)
Tussilago (Tussilago farfara)
Borrago (Borago officinalis)
Borragem chimarrona (Echium plantafineum)
– Cirrose
Confrei (Symphytum peregrinum, Symphytum officinale)
Erva Andorinha = celidônia (Chelidonium majus)
Carvalinha (Teucrium chamaedrys)
– Carcinogênico
Confrei (Symphytum peregrinum, Symphytum officinale)
-Esteatose
Huperzine (Lycopodium serratum)
Escutelária (Scutellaria baicalensi)
-Hepatite auto-imune
Syo-saiko- to (Xiao-chai-hu-tang)
Efedra (Ma Huang)
– Outras ervas
Sacaca (Croton cajucara Benth)
Chá verde (Camelia sinensis)
Unha de gato (Uncaria tomentosa)
Valeriana (Valeriana officinalis)
Sene (Cassia angustifólia)
Espinheira santa (Maytenus ilicifolia)
Losna = Absinto (Artemisia absinthium L.)
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1) Quais os principais cuidados que devemos ter antes de ingerir qualquer erva?
Além de evitar as ervas que podem potencialmente causar problemas no fígado, devemos
também cuidar com a utilização de chás e compostos que associam várias plantas.
Lembramos que o risco de algum problema no fígado aumenta se os compostos estiverem
contaminados com metais ou microorganismos, ingredientes identificados incorretamente
ou substituídos, e se associados com anti-inflamatórios ou corticóides.
2) Se a pessoa já apresentou algum problema no fígado, quais os chás não devem ser tomados?
Algumas das plantas que possuem potencial de problema no fígado são: Crotalaria,
Heliotropium, Confrei, Valeriana, ervas chinesas, Sene, Plantago ovata, Erva cavalhinha,
Kava-Kava, Sacaca, Chá Verde, Cascara sagrada e Chaparral.
3) Com qual quantidade ou frequência as ervas começam a apresentar males para o órgão?
Não há uma quantidade ou freqüência conhecidas, isto depende de cada paciente e sua
predisposição. Há casos de falência hepática com o uso de determinado chá pela primeira vez.
4) Quais os perigos de tomar esses chás de diversas ervas, principalmente os típicos para regime?
Há casos de hepatite e insuficiência hepática fulminante após uso de chás com diversas
ervas, porém a maioria das preparações contém vários ingredientes, dificultando a
identificação dos ingredientes agressores.
5) Após quanto tempo começam aparecer os problemas? E quais são eles?
O quadro clínico da doença hepática causada por produtos ditos naturais é parecido ao
produzido pelos medicamentos tradicionais e varia desde as alterações das enzimas
hepáticas no exame de sangue, hepatites agudas, crônicas, falência do fígado e até
mesmo cirrose hepática. Essas lesões no fígado podem aparecer após o uso prolongado
de determinada erva ou até mesmo no seu primeiro consumo. Ocorre também que muitos
chás interagem com os medicamentos habituais do paciente podendo interferir no seu
metabolismo, modificando a ação e também exacerbando os efeitos maléficos ao fígado.
6) Existe algum tratamento com ervas que seja bom para o fígado?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Hepatologia não está recomendado qualquer
erva para tratamento das doenças hepáticas, pois não há estudos que demonstrem sua
eficácia e segurança.
7) Chá verde, chá branco, chá vermelho também podem desencadear doenças hepáticas?
O chá verde é utilizado com fim medicinal para diversas situações, mas há alguns relatos
de casos de hepatite principalmente se o consumo for através de cápsulas (produtos
industrializados) ao invés da sua forma natural.
8) O boldo é um “amigo” ou “inimigo” do fígado? E qual é o recomendado para o uso?
Popularmente o boldo é indicado para melhorar doenças no fígado, mas lembramos que
não há nenhuma erva ou planta comprovadamente segura e eficaz nesta função.
9) Quais os chás que não apresentam riscos para o fígado?
Devemos evitar os chás “caseiros” feitos com raízes ou folhas de árvores ou plantas além
das conhecidas “garrafadas” e dar preferência aos chás mais populares como erva
cidreira, maça, camomila.
10) Existe uma recomendação diária de chá? Há alguma variação de uma pessoa
para outra? A idade também influência?
Não há recomendação diária. A chance de algum problema varia de pessoa para pessoa
dependendo de sua predisposição, idade, doenças associadas e medicações em uso.
ATENÇÃO: Essas informações não possuem a intenção de substituir atendimento
médico. Você não deve utilizar essas informações para diagnosticar ou planejar um
tratamento para um problema de saúde sem consultar um médico. Se você está em
alguma situação que coloque em risco sua saúde ou de emergência, procure ajuda
médica.
INTOLERÂNCIA A LACTOSE: Mitos & Verdades
Na maioria dos mamíferos, a atividade da enzima lactase diminui após o desmame infantil, o que provoca sintomas de intolerância à lactose. São superestimados por causa da confusão entre o conceito de intolerância e má digestão de lactose, além do viés de auto relatos . A noção de consequências de intolerância à lactose é muitas vezes exagerada na opinião pública. Em indivíduos que acreditam que são intolerantes, pequenos traços psicológicos são predominantes .
A popularização desvirtuada da informação por meio de mídias sociais fez com que se tornasse comum indivíduos adotarem dietas isentas de lactose sem diagnóstico confirmado de intolerância
Não há uma quantidade definida de lactose que irá causar sintomas, isso varia.Os sintomas de intolerância à lactose são inespecíficos, variados, caracterizando-se por diarreia, flatulência, meteorismo, plenitude, distensão e cólicas após a ingestão de leite e seus derivados, entretanto, há outros alimentos, sobretudo indigestos gordurosos, carboidratos , ou até dieta rica em fibras , que geram esses sintomas com presença simultânea à lactose na dieta, além de doenças às vezes graves, que se manifestam com sintomas similares, podendo inclusive retardar esse diagnóstico.
A avaliação da absorção da lactose com o teste do hidrogênio no ar expirado é considerado o padrão-ouro , além do TTL Teste de Tolerancia a Lactose.Todavia podem ocorrer erros nos seus resultados. As limitações destes testes são os resultados falso-positivos, que podem chegar a mais de 1/3 dos pacientes.
Os indivíduos com auto-percepção de intolerância à lactose, baseada em sintomas empíricos, independente de diagnóstico médico, tendem a evitar produtos lácteos em suas dietas. A limitação ou exclusão de leite e derivados na alimentação pode causar deficiência de nutrientes.O tratamento radical para indivíduos intolerantes à lactose consiste na privação total da ingestão de produtos lácteos, o que não é uma solução satisfatória, pois esses alimentos são fontes primárias de cálcio.
A lactose não deve ser retirada da dieta sem diagnóstico clínico confirmado de intolerância, que não deve ser baseado em subjetivismos, em detrimento de consequências deletérias para a nossa saúde.
Outro método amis eficaz no diagnóstico/tratamento para que intolerantes à lactose continuem com o consumo de leite e cálcio é a realização de testes de provocação, ou seja, ingerir pequenas doses de leite e derivados no dia a dia, permitindo que qualquer lactase que esteja presente no intestino faça o seu trabalho de digerir a lactose. Iniciar sempre com uma quantidade menor e lentamente aumentar o volume da porção, e quando apresentar aqueles sintomas suspender o consumo além desse nível.
Indivíduos com intolerância à lactose auto-relatada podem consumir produtos lácteos sem experimentar os sintomas característicos da intolerância, podendo tolerar duas xícaras de aproximadamente 500 mL de leite por dia, sem sintomas significativos, quando consumidas com as refeições. Além disso, muitos indivíduos com intolerância diagnosticada por testes específicos, ainda podem consumir alimentos lácteos para atender às recomendações nutricionais. Produtos sem lactose são uma tendência no mercado, no entanto, o valor calórico deles não é alterado, visto que a lactose não é retirada, apenas hidrolisada, contradizendo o marketing indiscriminado para perda de peso por meio de dietas com restrição de lactose.
São encontrados produtos lácteos com baixo teor de lactose, uma alternativa para as pessoas intolerantes, com destaque para os lácteos fermentados(iogurte), queijos duros, doce de leite com lactase e os leites com teor de lactose reduzido. Esses produtos diminuem os riscos aos intolerantes.
No tratamento da verdadeira intolerância à lactose, a melhor opção para substituir o leite de vaca são os produtos à base de soja.O cálcio deve ser suplementado caso esteja insuficiente na dieta, e suplementação também de vitaminas.
Alternativamente há medicamentos à base de lactase, que devido ao seu alto custo só devem ser utilizados em benefício, após confirmação clínica da intolerância a Lactose no seu dia a dia.
Vale ressaltar que indivíduos com leve intolerância a lactose podem desenvolver graus avançados da doença, após suspensão radical do leite na sua dieta habitual, como se o inestino de “desacostumasse” com a ingestão de laticínios, “estranhando” a presença ao retorno do mesmo.
Concluindo, a intolerância à lactose baseada apenas em suposições e auto-relatos podem privar indivíduos de nutrientes importantes e trazer consequências negativas para a saúde.
GASES e APARELHO DIGESTIVO
(Eructações, Meteorismo, Flatulência)
Acredite. Nesse momento você tem 100 ml de gases em seu aparelho digestivo. O volume normal que um indivíduo expele através do reto varia entre 100 e 2.000 ml / 24 h, com uma média de 600 ml.
O ar engolido ou os gases formados no aparelho digestivo podem ser expelidos por via oral (arroto) ouvia anal (gases intestinais ou flatos). A maior parte deles, no entanto, é produzida no intestino por carboidratos que não são digeridos no trato digestivo alto. É normal que após a ingestão de ar ou gás junto com alimento especialmente líquidos gasosos- refrigerantes, cerveja etc. ocorra suaves arrotos, uma ou duas vezes, o que diminui a tensão ao nível da câmara gástrica.
Mas torna-se anormal quando isso ocorre repetidamente, às vezes inclusive bem mais proeminente, audível, especialmente tardiamente às refeições. Esses gases provêm da ingestão de ar, difusão a partir da circulação, ação ou interação de secreções digestivas e fermentação intestinal.
Esse processo é responsável pela maior produção e liberação de gases. A maioria das queixas parte de indivíduos que produzem uma quantidade relativa de gases que se consideram normal. Em alguns casos, por fatores genéticos ou porque adotaram uma dieta rica em fibras (sobretudo folhas) e em carboidratos, algumas pessoas podem produzir mais gases do que outras. Tem se constatado que um terço da população adulta é portadora dessas bactérias do cólon capazes de gerar gases, característica resultante da tendência familiar sob fatores ambientais. Outro fato interessante é que as pessoas que assim o produzem, evacua fezes que flutuam sobre a água do vaso sanitário.
Os gases que atingem o trato gastrointestinal ou que são produzidos nele podem sair ou ser eliminados através de vários mecanismos:
1) Expulsão sob a forma de “arrotos”, cuja composição é similar ao ar ingerido.
2) Difusão para circulação sanguínea, e eliminados, através dos pulmões.
3) Fermentação intestinal.
4) Ejeção retal(flatos).
Portanto, as diferentes concentrações de gases dependem, é claro, do equilíbrio entre as quantidades dos gases que entram ou são produzidos no trato gastrointestinal, do grau de metabolização das bactérias, e as quantidades que saem ou desaparecem do trato gastrointestinal pelas eructações e por difusão para a circulação. Em cada gole a quantidade de ar que normalmente atinge o estômago é de 2 a 3 ml, explicando a “aerofagia” .
De qualquer forma,o processo inclui dois fatores importantes: -Doença esofágica, gástrica ou duodenal. -Distúrbio emocional com manifestações preferenciais de ansiedade e depressão. Associam-se outros fatores secundários , como o uso de goma de mascar, próteses dentárias incorretamente posicionadas, tabagismo etc.
Visando melhorar a sintomatologia , é possível recorrer a várias medidas terapêuticas dependendo do caso. As dietas sem lactose e / ou substratos alimentares fermentáveis (por exemplo feijão e outras leguminosas, farinha de trigo, etc.) podem ser extremamente úteis quando há suspeita ou evidência de fermentação exagerada. Psicoterapia e psicofarmacoterapia (com antidepressivos, ansiolíticos, etc.) dão excelentes resultados quando há transtorno emocional com manifestações de ansiedade e depressão.
Atualmente, avalia-se a utilidade(?) potencial do uso de probióticos, tais como Lactobacilos. Finalmente, utilizamos medicamentos apenas sintomáticos, quando todos os outros recursos não têm sucesso. Recomendações -Erradicação de parasitoses intestinais. -Controle da DNV – Ansiedade/Depressão, se presentes. Cumpridos os requisitos acima, caso ainda permaneçam os sintomas, Dieta é a palavra-chave :
Leguminosas como feijão, ervilhas, lentilhas e soja, entre outras, são causadoras de gases.
Eliminá-las totalmente da dieta pode não representar uma boa solução. Uma dica prática e com bons resultados, é deixar o feijão de molho durante a noite. No dia seguinte, a água deve ser trocada por outra antes de cozinhá-lo bem, pois amido mal cozido aumenta a produção de gases; * Intolerância à lactose, quando real e comprovada pela avaliação diária e relacionada diretamente com os sintomas.
Algumas pessoas relatam intolerância sucos com adoçante artificial ou à base de Sorbitol.
Nesse caso, esses produtos devem ser evitados; * Reserve um tempo tranquilo para as refeições. Mastigue bem os alimentos. * Procure não falar muito durante as refeições.
Prefira alimentos ricos em fibras, saladas, frutas, verduras (exceção das folhas-alface, repolho, acelga, couve-flor). Beba bastante líquido, o que facilita o trânsito intestinal, entretanto 2 hs antes ou depois das mesmas.
Evites os alimentos que podem estar associados aos sintomas. Algumas pessoas reagem mal à farinha (pães, massas, etc.), batata doce, cebola, rabanete, aipo, berinjela e germe de trigo.
Exercícios físicos estimulam facilitam as várias etapas da digestão. Advertência: Até aqui nos referimos apenas a aspectos ” funcionais “(sem doença orgânica) dos seus sintomas.Ressalte-se entretanto que apenas o seu médico especialista poderá chegar a essa conclusão, afastando a presença de doenças as vezes graves, mediante avaliação clínica criteriosa : Patologias do esôfago, estenoses duodenais, doenças da vesícula, divertículos do cólon ou outras lesões do tubo digestivo incluindo até o câncer.
O QUE É?
A síndrome do Intestino Irritável ou Síndrome do Cólon Irritável, ou simplesmente Cólon Irritável, é uma das doenças mais freqüentes do tubo digestório. È uma das principais causas de consulta ao Gastroenterologista. Atinge cerca de 20% a 25% da população.
QUAL A CAUSA DA SÍNDROME DO INTESTINO IRRITAVÉL?
A causa (ou causas) é desconhecida. A excessiva irritabilidade dos mecanismos nervosos locais, sobretudo ao nível do cólon. Estímulos psicológicos, inflamatórios, infecciosos podem, devido à excitabilidade exagerada das vias nervosas na síndrome do intestino irritável, desencadear uma iteratividade motora que leva as alterações do trânsito intestinal, ao desconforto e a dor.
QUAIS OS SINTOMAS DA SÍNDROME DO INTESTINO IRRITAVEL?
A dor ou desconforto do abdômen, a alteração dos hábitos intestinais (obstipação/diarréia) e a distensão abdominal, são os sintomas principais desta síndrome. A dor abdominal agrava-se com as refeições(a lista de alimentos que agravam a dor ou desconforto é extensa) e, alivia com a defecação
A ansiedade e a depressão são também fatores, por vezes, relacionados ao aparecimento dos sintomas. Geralmente depois de defecar fica a sensação de que a mesma foi incompleta,sugerindo que as fezes ainda permaneceram no intestino.A saída de muco com as fezes é freqüente.Estas queixas sobrepõem-se às queixas da Dispepsia Funcional (náusea,vômitos,empachamento.)
COMO SE FAZ O DIAGNÓSTICO?
O médico faz o diagnóstico baseando-se por um lado nas suas queixas e por outro na exclusão de doença orgânica. Para excluir uma doença orgânica, o médico, se for necessário, solicita exames especiais: hematológicos e bioquímicos no sangue, técnicas de imagem radiológicas, endoscópicas, eco gráficas, etc. Na síndrome de intestino irritável nenhum dos exames mostra alterações, todos os exames são normais.
QUAL O TRATAMENTO ?
As alterações no trânsito: Recomenda-se uma dieta rica em fibras, se a prisão de ventre é o sintoma mais importante associa-se um laxante de volume.Se a prisão de ventre ainda persistir aconselha-se adicionar um tipo de laxante.A dieta rica em fibras e os laxantes de volume podem ser úteis não apenas para corrigir a obstipação mas também a diarréia.Mas, por vezes, se a diarréia é incomodativa torna-se necessário um medicamento que se permita reduzir o número de dejeções.
A dor: Indica-se medicamentos específicos para o alívio. A investigação farmacológica é grande nesta área e novos compostos químicos capazes de bloquear os impulsos nervosos dolorosos estão sendo experimentados.
È muito provável que nos próximos anos surjam novidades que proporcionem alivio nos casos mais incomodativos.
A dieta: Com freqüência as pessoas com Síndrome do Intestino Irritável relacionam os sintomas (dor, diarréia, gases) com alguns alimentos e adotam, por si próprio, uma dieta restritiva. O médico será, também aqui, o melhor conselheiro.
A SÍDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL EVOLUI PARA DOENÇA GRAVE?
Não. Nem o câncer nem as doenças inflamatórias do intestino (Colite Ulcerativa ou Doença de Crohn) estão associadas à Síndrome do Intestino Irritável.Alguns doentes, felizmente uma minoria, exibem formas de Síndrome do Intestino Irritável mais desagradáveis, em que a dor ou a diarréia lhes pode dificultar uma boa qualidade de vida.Nestes casos a ajuda do médico é ainda mais necessária para em conjunto procurarem alívio.
A síndrome do Intestino Irritável é, por vezes, uma doença incomodativa, desagradável, difícil de suportar, que leva quem sofre a peregrinação de médico em médico, de medicina alternativa em medicina alternativa, a experimentar dezenas de medicamentos e técnicas, a gastar em exames, à procura de uma cura que ainda ninguém conhece. No entanto, o prognostico é bom.A síndrome do Intestino Irritável não evoluiu para nenhuma doença maligna, nem diminuiu a expectativa de vida.
Na maior parte dos casos as queixas são ligeiras e aliviam com uma dieta rica em fibras e um estilo de vida mais tranqüilo, permitindo um convívio com a doença quase sempre confortável.
OUTRAS DOENÇAS FUNCIONAIS DO INTESTINO
O Síndrome do Intestino Irritável e as outras doenças funcionais do intestino (Distensão Abdominal Funcional, Obstipação Funcional ou prisão de Ventre Funcional, Diarréia Funcional a que podemos juntar a Síndrome de Dor Abdominal Funcional ou Síndrome da Dor Abdominal Crônica Benigna, e ainda doenças funcionais anorretais) afetam uma grande percentagem da população do mundo acidental.
São doenças de causas desconhecidas, intermitentes e benignas, geralmente sem grandes conseqüências, mas, por vezes, o alívio dos sintomas e uma boa qualidade de vida torna-se difícil de atingir-se.
Nas doenças denominadas funcionais todos os exames que solicitamos(análises do sangue, Rx,U.Som,Endoscopia,Tomografia, Ressonância etc.) mostram-se normais.Considerando-se todavia que o seu diagnóstico é atingido por exclusão de doenças orgânicas, torna-se necessário realizar alguns deles previamente, de maneira racional.
DIVERTICULOSE X DIVERTICULITE
Um divertículo é uma pequena bolsa que se forma na parede do intestino grosso (cólon), semelhante a um dedo de luva, como podem ser vistos na ilustração abaixo.
Divertículo
No mundo ocidental 85% dos divertículos localizam-se no cólon sigmóide (parte final do intestino grosso, logo antes do reto). A diverticulose ocorre com freqüência semelhante em homens e mulheres, aumentando com a idade. Um terço das pessoas com mais de 50 anos e 2/3 daquelas com mais de 80 anos tem divertículos no cólon, porém a grande maioria é assintomática. Outros fatores de risco conhecidos são a obesidade e o sedentarismo
Como se desenvolve?
Apesar de não ser totalmente conhecida a origem, acredita-se que dois fatores estejam associados ao surgimento dos divertículos: o aumento da pressão no interior do intestino e um enfraquecimento de pontos da parede intestinal.
O que se sente?
Apenas uma minoria dos indivíduos tem queixas relacionadas à diverticulose. A queixa mais comum é de desconforto doloroso na região inferior esquerda do abdome com variável tempo de duração e que alivia com a eliminação de gases ou fezes. Diarréia ou constipação/prisão de ventre, também podem ocorrer.
Complicações:
Felizmente a taxa de complicações é baixa.Diverticulite é a mais comum, podendo ocorrer em algum momento da vida de 10-15% dos indivíduos com diverticulose. Quanto maior o tempo de evolução e quanto mais extensa a área com divertículos, maior é o risco dessa complicação. A diverticulite manifesta-se por dor forte na parte inferior esquerda do abdome, acompanhada de febre e, geralmente, constipação. Podem estar associados também náusea, vômito e diarréia com muco, pus ou sangue.
Os divertículos inflamados podem criar pus, formando um abscesso em seu interior e, por conseqüência, perfurar. Com a perfuração, o pus pode se espalhar ou não no abdome levando, respectivamente, à peritonite ou ao abscesso localizado.
Complicações menos freqüentes são o sangramento, a formação de fístulas, e a obstrução intestinal. O sangramento é mais comum em divertículos do lado direito do intestino grosso e pode ocorrer sem diverticulite. Após o primeiro sangramento a chance de outro é de 25%; após um segundo episódio, a chance de novas hemorragias chega a 50%. Obstrução do intestino grosso geralmente deve-se a sucessivas inflamações e cicatrizações de diverticulites repetidas anteriores, resultando em fibrose do intestino.
Qual é o tratamento?
Caracterizando-se mais por uma alteração anatômica do que por uma “doença” propriamente dita, por isso quase sempre assintomática, a maioria dos casos de diverticulose, quando sintomáticas, tem suas queixas melhoradas com tratamento clínico. Dietas ricas em fibras e/ ou remédios que umedecem e aumentam o volume das fezes, diminuindo o esforço para evacuar, podem aliviar sintomas, prevenir novos divertículos e, principalmente, diminuir complicações como a diverticulite. O estresse também tem sido relacionado com aumento dos espasmos do intestino e, assim, com aumento do risco de aparecimento de novos divertículos e suas complicações.
O tratamento da diverticulite deve ser orientado apenas pelo seu médico-assistente e depende da gravidade do caso, variando desde repouso, dieta sem resíduos e analgésicos, até uso de antibióticos, internação hospitalar com reposição de líquidos pela veia e eventualmente cirurgia.
O ÁLCOOL e o APARELHO DIGESTIVO
O excesso de álcool em geral acomete vários órgãos e sistemas do nosso organismo: ataca o sistema nervoso provocando sono e irritação; corrompe mecanismos químicos cerebrais, ocasionando dor-de-cabeça; irrita as mucosas do aparelho digestivo causando náuseas, vômito e diarréia e inibe a ação do hormônio antidiurético, levando a sede e boca seca.O álcool também provoca mutações no DNA da célula. Há muitas evidências que mostram um sinergismo entre álcool e fumo. Isso se deve à quantidade de acetaldeído presente nos cigarros.
O que o álcool pode ocasionar no aparelho digestivo?
O álcool no aparelho digestivo é responsável por várias doenças, além do aumento do risco de câncer. Após a sua ingestão ele diminui o tônus do esôfago , propiciando refluxo gastroesofágico. No estômago, o álcool pode alterar a secreção gástrica e a motilidade. No intestino delgado pode ocorrer diminuição da absorção pela mucosa, com aparecimento de diarréia. O álcool também é causa de doenças hepáticas como a hepatite alcoólica e a cirrose hepática, que podem levar até a morte. A cirrose ocorre em 10% dos indivíduos que fazem uso de mais de 100g de etanol/dia por mais de 5 anos e em 30% dos que usam essa mesma quantidade de etanol por um período de mais de 20 anos. Oitenta gramas de álcool na mulher e 100g no homem podem também provocar lesões no pâncreas, como pancreatites crônica e aguda.
Quais níveis de álcool são considerados toleráveis ?
As bebidas alcoólicas têm doses variadas de etanol. Um copo de vinho (120ml) tem 10g de etanol, uma lata de cerveja – 1 dose de uísque ou cachaça (30ml) tem 10g de etanol. É considerado etilista social leve quem faz uso de 20 a 150 g de etanol/semana, moderado de 200 – 400 g unidades de álcool por semana e grave quem faz uso de mais de meio litro por semana.
O que é a ressaca ?
É uma síndrome, um conjunto de sinais e sintomas, indicando que houve uma intoxicação causada pela ingestão excessiva de álcool. As características mais comuns são: tremores, enjôos, dor de cabeça, fadiga, combinadas com a redução na concentração e velocidade de pensamento e raciocínio. Esses sintomas são decorrentes de uma série de alterações no corpo, especialmente no fígado, cérebro, coração, rins e sistema nervoso.O resultado: queda da força muscular, diarréia, sensibilidade a luz e um cansaço enorme”.
Para diminuir os efeitos da ressaca algumas dicas:
• Procure fazer uma boa refeição antes de ingerir bebida alcoólica. Alimentos ricos em carboidratos vão aumentar sua resistência.
• Intercale a bebida com pestiscos.Mas evite muito salgados, pois aumentam a sede.
• Quanto mais água, melhor. Antes, durante e depois de beber. A água dilui o álcool e reduz as chances de intoxicação,facilita o trabalho do fígado e dos rins, que eliminam mais rapidamente os resíduos tóxicos do organismo.
• A ingestão de sucos e frutas repõem as vitaminas e os sais minerais perdidos na batalha contra o álcool.
• A primeira refeição deve ser leve.
Lendas:
• Misturar drinks diferentes não piora a sua ressaca. O que importa é a quantidade de álcool que você ingeriu.
• Essa estória de que ressaca se cura com mais álcool é mito.
O QUE É BIÓPSIA?
Se refere a colheita de fragmentos do revestimento interno do tubo digestivo(mucosas), objetivando não apenas prevenir e detectar tumores malignos mas também diagnosticar alterações benignas como gastrites, colites, pólipos, bactéria H.pylori, etc.Diante disso o médico especialista que analisa a biópsia (patologista) utiliza vários termos técnicos adequados, porém estranhos ao paciente, o que gera inúmeras vezes confusão na sua interpretação por leigos.Esses achados devem ser avaliados exclusivamente pelo seu médico que encaminhou o pedido.Considerando que alguns pacientes não resistem a essa curiosidade, verificando o seu próprio resultado antes de retornar, aqui seguem alguns esclarecimentos pertinentes, o que entretanto não o libera da visita ao especialista:
AGUDA : Significa que a alteração apresenta apenas alguns dias ou semanas de evolução prévia.
CRÔNICA: Pelo contrário, já há alguns meses ou anos do aparecimento da gastrite por exemplo.Por ser um termo apenas cronológico, não significa incurável, absolutamente.
HIPERPLÁSICO:Inflamatório crônico,sem relação com malignidade.
METAPLASIA.Transformação de um tecido em outro, como se fosse um “envelhecimento” mais prematuro daquela área, mais comum em estomago e esôfago(Barrett).
DISPLASIA: Degeneração do tecido que se inicia leve, podendo evoluir para moderada ou severa.Para alguns patologistas esse último grau já se considera um princípio de malignidade, embora totalmente curável nessa fase.
NEOPLASIA: Proliferação exagerada de células,na sua grande maioria de caráter benigno.
POLIPO:Pequenos tumores inicialmente e quase sempre benignos (adenomas,hiperplásicos etc.).
OBESIDADE: Mitos e Verdades
A obesidade é o principal distúrbio de nutrição da atualidade pois mais de 15% da população mundial é considerada obesa. A obesidade vigora entre doenças citadas pela Organização Mundial de Saúde OMS e já atinge aspectos alarmantes.
Mais do que uma preocupação estética, a obesidade atua perigosamente não só por si mesma, mas principalmente quando associada a diabetes, hipertensão, aumento do colesterol, distúrbios circulatórios e articulares.Este mal é um dos vilões do nosso século, diminuindo a expectativa de vida de milhares de pessoas. Desta forma, ela deveria ser combatida de forma direta e radical sem atalhos por dietas mirabolantes, formulas milagrosas, tratamentos onerosos e da moda. Obesidade já é considerada uma doença que acomete corpo e mente, direta ou indiretamente. Por isso, segue abaixo algumas verdades e mentiras sobre as causas desse mal e seu tratamento.
1) Uma pessoa pode ser gorda e comer e exercitar-se de forma semelhante a uma magra da mesma idade, sexo e altura.
Verdade. Embora geralmente a obesidade decorra de acúmulo de gordura provocado por excesso de calorias alimentares e pouco gasto calórico por sedentarismo, não há dúvida de que existem deficiências metabólicas diferentes entre as pessoas. Estas características parecem ser herdadas, e a Medicina está começando a desvendar o porquê destas diferenças, através do estudo dos genes e da descoberta de substâncias fabricadas pelo organismo que atuam na queima calórica.
2) Toda pessoa com excesso de peso é obesa.
Mito. O pugilista Mike Tyson mede 1,81 m e pesa 99 kg. A sua relação de peso / altura( índice de massa corporal ou IMC) é de 30,219. Este valor o classificaria como obeso, pois homens devem ter IMC até 25, sendo “gordinhos”quando estão entre 25 e 30, e obesos acima de 30. Contudo a maior parte do peso de Tyson é composto entre massa muscular e conformidade óssea.Assim, obesidade que se define por: excesso de peso às custas de gordura, não existe.IMC de 25 é o limite deste índice para o sexo feminino.A maioria da população, que não é atleta , o IMC é um termômetro adequado da obesidade. Para calcular IMC, divida o peso pela altura ao quadrado. Por exemplo: Em caso de mulher e pesar 60 kg, tendo 1,55 m de altura, o seu IMC será de 24,974. IMC no valor de até 25 é considerado normal.
3) Todo o tipo de obesidade leva ao mesmo risco para a saúde.
Mito. Além do grau da obesidade (quanto mais gordo o indivíduo maior o seu risco), a distribuição da gordura no corpo também é fator de risco. Assim, quando a pessoa tem acúmulo de gordura no tórax e principalmente na barriga (obesidade central) a possibilidade de ocorrer diabetes, pressão alta, colesterol elevado, problemas cardíacos, é muito maior do que se tivesse excesso de gordura nos membros e nádegas ( obesidade periférica). A obesidade central também é chamada de andróide, porque ocorre mais no sexo masculino, e a periférica de ginecóide, por ser mais comum em mulheres.
4) As dietas que melhor funcionam são as que evitam certa mistura de alimentos ou as que utilizam apenas um tipo por dia.
Mito. Todas as dietas funcionam quanto à perda de peso, desde que a pessoa esteja motivada. A dieta ideal deve ser equilibrada, conter todos os nutrientes que o organismo necessita, e educar o paciente para mantê-la a longo prazo. É importante que a pessoa se familiarize com o valor calórico dos alimentos. Cada indivíduo precisa obter seu ponto de equilíbrio com relação à alimentação. Por isso é fundamental a ajuda de uma Nutricionista.
5) Exercícios físicos são importantes em um programa de emagrecimento.
Verdade. Os exercícios físicos auxiliam o emagrecimento por 2 motivos: aumentam o gasto calórico e tendem a relaxar o indivíduo,diminuindo a ansiedade e a compulsão alimentar. A prática diária de exercícios deve ser acompanhada de revisão médica detalhada para evitar excessos e prevenir doenças. Lembramos ainda que, ao exercitar-se regularmente, você aumentará a sua massa muscular à medida em que perde gordura. Desta forma não estranhe se seu IMC não se reduzir proporcionalmente à melhora da sua silhueta.
6) Os moderadores de apetite tem o seu lugar no tratamento da obesidade.
Verdade. Embora a dupla dieta/exercícios seja a mola mestra na perda de tecido gorduroso, por vezes é importante a utilização racional de moderadores de apetite. Eles podem ser classificados em 2 grupos:
a) Inibidores do apetite:Proibidos atualmente pela Vigilância Sanitária, são drogas que apresentam efeitos atenuados da anfetamina: diminuem realmente a fome, mas seu efeito tende a diminuir em cerca de 1 a 2 meses de tratamento. Por outro lado, poderiam levar a sintomas como boca seca, nervosismo, insônia, palpitação, redução do apetite sexual e ainda levar à dependência. Deveriam, portanto, serem utilizadas com critério, sendo contra-indicados em pessoas cardíacas, hipertensas, ou com problemas psiquiátricos. O uso em crianças e idosos deve ser excepcional.
b) Promotores de saciedade: São medicamentos que aumentam o nível de uma substância presente no organismo, chamada serotonina. A serotonina tem a propriedade de avisar à pessoa que ela já comeu o suficiente, ou seja, que ela está saciada. No entanto, não se sabe se por causa ou efeito, algumas pessoas produzem menos serotonina em resposta à alimentação, e são mais dificilmente saciáveis. É o clássico exemplo da mulher que, mesmo após o jantar, “acaba” com uma caixa de chocolate: é a comedora compulsiva. Estas drogas que, ao contrário dos medicamentos citados acima, não levam ao nervosismo (pelo contrário, podem até dar sono acentuado), e reduzem a pressão arterial. Adicionalmente, podem ser utilizadas por períodos maiores, sem perder o efeito. No entanto, também levam à secura bucal, podem reduzir a libido, e, muito raramente, levar a um problema clínico sério, a hipertensão pulmonar.
A decisão do uso de drogas moderadoras do apetite (anorexígenos), bem como a escolha do medicamento ideal para cada paciente, deve caber ao especialista em endocrinologia/metabologia.
8) Grande parte dos casos de obesidade são devidos à distúrbios das glândulas endócrinas.
Mito. As causas hormonais respondem por menos de 5% das obesidades. A tireóide é a glândula mais freqüentemente acusada de causar obesidade. De fato, pessoas que têm hipotireoidismo (redução do funcionamento da tiróide) apresentam metabolismo mais lento. Por outro lado, têm menos apetite. Desta forma, dificilmente um paciente com hipotireoidismo será um verdadeiro obeso. Em geral, a maior parte de seu excesso de peso acontece pelo acúmulo de líquidos que ocorre nesta doença. No entanto, algumas pessoas se utilizam de hormônios da tiróide sem necessidade, na premissa de que irão emagrecer. Assim, os hormônios tireoidianos devem ser administrados por especialistas, apenas em pessoas nas quais a tiróide realmente funciona mal.
9) Diuréticos, laxativos, e injeções de “enzimas” têm papel importante no tratamento da obesidade.
Mito. Diuréticos fazem perder água. Se considera que cerca de 60% de nosso organismo é constituído por este líquido, passa a informação que a perda de água reduz o peso, mas não emagrece. Os diuréticos provocam também a perda de minerais como o potássio, o que pode deixar o organismo gravemente sem esses nutrientes. Desta forma, o uso de diuréticos deve ser reservado a pessoas com edemas (retenção de líquidos), pressão alta ou insuficiência cardíaca. Os laxantes por sua vez também levam à perda de minerais, além de provocarem irritação intestinal. É importante procurar sempre o seu médico para ministrar qualquer medicamento. A ingestão sem critérios científicos pode levar a dependência e a severas conseqüências para o organismo.
10- Uma ingestão extra de 200 calorias por dia (aprox. 2 e ½ bolachas recheadas) pode levar a um aumento de peso de cerca de 200g em uma semana;
Verdade. Porém a queima do organismo pode, de acordo com a genética e a idade, elevar o consumo para manter um equilíbrio do corpo. Com o passar dos anos essa tendência diminui e o aumento de peso pode ser uma constancia.
11- Uma criança que descende de uma pessoa obesa tem aproximadamente 40% de chances de ser obesa, já numa criança que descenda de duas pessoas obesas o risco é de 80%
Verdade. Fatores genéticos estão diretamente relacionados a obesidade. Verifique seus valores referenciais de acordo com a estrutura óssea, genética e atitudes com relação à comida, lembrando sempre que a dieta saudável e exercícios físicos são as formas mais coerentes e eficazes de perder peso com saúde.
12- Vitaminas e corticóides engordam
Mito. Quando prescritos adequadamente por um médico eles não engordam. As vezes a associação de remédios, dieta e repouso podem aumentar a massa corporal, mas não significativamente. Por outro lado, a quantidade de tecido adiposo (gordura) ainda pode sim ser influenciada por variações hormonais. A deficiência do hormônio do crescimento, o excesso de insulina, o excesso de cortisol, os estrógenos e a deficiência de tiroxina estão relacionados com um aumento na gordura corporal.